Ao oficializar a Umbro como sua nova fornecedora para 2019, o América de Cali também anunciou uma mudança em “edição especial” no seu escudo, dando uma folga ao tradicional “diabinho” que foi substituído por uma letra “A”.
Segundo o clube, a iniciativa visa fortalecer o nome do clube e resgatar uma época de ouro da equipe. No entanto, a novidade no escudo, que estará presente em todas as comunicações do time e na camisa nesta temporada, está gerando muita indignação entre os torcedores que reclamam da decisão da diretoria, já que o diabo é o principal símbolo do time.
O presidente do clube, Ricardo ‘Gato’ Perez afirma que a mudança visa fazer com que os torcedores recordem como o clube era em 1979, ano que ganharam o primeiro título colombiano. “Queremos voltar àquela era de ouro”, afirmou o dirigente.
E foi com o slogan “Vamos nos vestir igual ontem para alcançar o triunfo hoje” que o clube anunciou sua nova marca que traz o mesmo formato, mas com um “A” no lugar do diabo, junto a letra aparecem o nome do clube e a data de fundação “1927”.
Nas redes sociais, a hashtag #ElDiabloNoSeToca já é uma tendência, como resposta dos torcedores à esta decisão.
No, no, no y no. Espero que lo que acabo de escuchar no sea cierto, sacaron el diablo; el escudo de la institución no se toca @AmericadeCali @tulioagomez @RgatoPerez pic.twitter.com/Y6w6pEXSvd
— Un DIABLO mas 👹 (@americanoenusa) 10 de janeiro de 2019
@AmericadeCali @tulioagomez que escudo mas feo, ojala sea el cambio para volver a ser protagonistas Como equipo GRANDE que somos !!! pic.twitter.com/QqlzzJwsDO
— Geovanny Muñoz R (@Geovamur19) 10 de janeiro de 2019
Nos cambiaron el escudo. El diablo es parte de nuestra identidad @AmericadeCali pic.twitter.com/0OEmEu6rkb
— LA FIEL (@lafiel1927) 10 de janeiro de 2019
Diabo: amado e odiado
O diabo no escudo do América de Cali foi inserido pela primeira vez em 1940, através da ideia de que os jogadores americanos tinham muita habilidade e transformavam o jogo em um verdadeiro inferno. Foi nessa época também que o clube começou a vestir a cor vermelha.
No final dos anos 70 que surgiu a primeira implicância com o “tinhoso”. O clube existia há 52 anos e não vencia nada, eis que um dos técnicos mais consagrados da época, Gabriel Ochoa Uribe, aceitou dirigir o clube, contanto que o diabo fosse retirado da camisa.
E foi sem o “belzebu” que o clube conquistou seu primeiro título nacional em 1979, apenas com a palavra “América” no peito.
Em meados dos anos 80, outra mudança, o América resolveu voltar seu escudo, mas ao invés do diabo, algumas estrelas (representando os títulos já conquistados) apareciam nele. Foi nessa época que Los Escarlatas viveram a sua época mais gloriosa. Nestes anos o clube conquistou um pentacampeonato inédito na Colômbia e chegou a três finais de Libertadores da América, perdendo todas elas (perderiam ainda mais uma em 1996, para o River Plate).
Com a saída de Gabriel Ochoa Uribe em 1990, o diabo voltou à camisa, mas nem sempre agradou, tanto que alguns jogadores nos anos 90, atuavam com um esparadrapo cobrindo o símbolo em sua camisa.
No início desta década, o clube viveu a sua pior fase, sendo rebaixado para a segunda divisão em 2011 e só conseguindo retornar à elite em 2016 e em todo este tempo, o “capiroto” sempre esteve no peito no lado esquerdo do peito dos jogadores, até que agora, em 2019, resolveram mais uma vez aposenta-lo.
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O que achou da edição especial do escudo do América de Cali, que retirou o diabo e colocou uma letra “A” em seu lugar?