Uma semana após o anúncio que surpreendeu muita gente, mais detalhes começam a surgir sobre o acordo da Nike com a Seleção do Uruguai para a Copa América. Em entrevista ao jornal El País, Aldo Gioia, executivo da Associação Uruguaia de Futebol, deu mais detalhes sobre o processo de escolha do novo parceiro de material esportivo da Celeste e deixou claro que essa negociação com a marca norte-americana é exclusiva para o torneio continental.
Como já haviamos adiantado em janeiro, apesar do contrato com a Tenfield, que incluia a PUMA como fornecedora de material esportivo, ter expirado em dezembro do ano passado, há uma cláusula que permite que a empresa cubra qualquer proposta feita seis meses após o período, ou seja, até 30 de junho de 2024, todo acordo deve passar pelo crivo da empresa, que poderá então cobrir e continuar no controle do fornecimento dos uniformes.
A ideia principal da AUF é não ter mais uma empresa intermediando a situação e fechar um acordo diretamente com uma marca de material esportivo, então para isso, é necessário esperar até julho, quando aí sim este acordo será oficializado. Para o torneio continental, a Federação “em tese” está comprando os uniformes, sem firmar um contrato com a Nike.
Em meio à esse cenário, Gioia explica que para a disputa da Copa América, as exigências em relação ao material esportivo utilizado são maiores, por isso foi descartada a possibilidade de usar uniformes feitos por conta própria, como foi feito na última janela da FIFA, e também no pré-olímpico. Nestas ocasiões, a parceira da Federação foi a MGR Sport, marca local, que não teve sua marca divulgada.
“Neste primeiro momento, pensamos mais nesta fase da Copa América. É o torneio mais forte da Conmebol e há exigências não só do ponto de vista do design, mas também da qualidade e de como se adaptam às diferentes situações da Copa que é longa e exigente”, explicou Gioia.
No caso de uma concorrência forte, pode-se fazer um esforço econômico para ter melhor qualidade, pelo menos é a minha opinião”, disse Gioia e esclareceu que, embora a procura pública seja normalmente considerada nestas propostas, para este caso particular é está tentando respeitar a etapa final do processo e, caso as unidades sejam colocadas à venda, podem ser provenientes de excedentes de produção.
Gioia foi questionado ainda se a PUMA poderia continuar após esse período e o dirigente deixou claro que não pode ainda abrir nomes, pois seria um grande erro, já que o processo está numa reta final de escolha. Ele ainda deixou claro, que há a possibilidade da fornecedora que veste a Seleção na Copa América continuar para o ciclo das Eliminatórias e Copa do Mundo em 2026, mas que isso só será conhecido em 1º de julho, quando o anúncio oficial deve ocorrer.
“Só a partir de 1º de julho é que podemos anunciar um novo contrato de material esportivo, só que no meio disso tudo, tínhamos uma Copa América, por isso foi feito um apelo às fornecedoras, para que tivessemos uniformes exclusivos para o torneio, que é muito importante, e é preciso que os atletas tenham roupas de qualidade”, frisou Gioia.
“Quando fizermos o anúncio de um acordo para um período mais longo, teremos por trás da seleção uma marca de renome, assim como estamos habituados a ver, e que quando mudam, são muito boas e as que vêm, são ainda melhores. Esperamos que seja assim”, terminou o executivo.
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