PUMA e Adidas são duas marcas “irmãs”, mas que carregam uma rivalidade vinda lá dos anos 40, quando os irmãos Dassler se desentenderam, e Rudolf largou a sociedade com seu irmão Adolf, o Adi, e fundou a marca do felino (Saiba mais neste artigo).
Durante décadas a relação entre as marcas foi de mero respeito, mas segundo o site espanhol “El Confidencial”, a Real Federação Espanhola de Futebol conseguiu unir as fornecedoras, devido à rescisão unilateral com a Adidas, anunciada na semana passada.
Em suposta reunião à portas fechadas na semana passada, o site espanhol relata que a PUMA alegou que não teria interesse em assumir os uniformes da seleção espanhola, em solidariedade à Adidas, devido ao tratamento que Luís Rubiales, presidente da RFEF, e os demais diretores teriam dado à marca que está ao lado da Fúria há tanto tempo.
O próprio “El Confidencial” relata que a decisão de romper com a Adidas de maneira unilateral, sem ter conversado com a marca sobre o assunto, já está sendo tratado como um “tiro no pé” por muitos na própria Entidade.
A rescisão aconteceu na semana passada em nota divulgada pela Federação em seu site oficial. Nela, os espanhóis afirmam que o contrato entre Adidas e a RFEF, que iria até 2026, “não cumpre os critérios mínimos de legalidade, transparência e justiça adotados por ela”, e desta forma, o contrato seria rescindido, com a Real Federação estando aberta a negociações com outras marcas.
A notícia caiu como uma bomba, já que Espanha e Adidas estão juntas desde 1981, tendo um hiato de 1983 a 1991, época em que a marca da Le Coq Sportif, que pertencia às três listras, foi exposta, em 1992 a Adidas retomou o espaço, onde está até hoje.
A fornecedora das três listras se posicionou sobre a quebra unilateral do acordo e disse que irá à justiça para garantir seus direitos.
O atual contrato foi assinado por Ángel María Villar, que foi presidente da RFEF durante 29 anos, e foi destituído do cargo e preso em 2017 devido às graves acusações de corrupção durante seu mandato.
O fato é que, ao que tudo indica, a PUMA, marca preferida dos dirigentes espanhóis não topará assumir o espaço que será deixado pela Adidas, deixando em aberto o futuro dos uniformes da seleção campeã mundial em 2010.
Há algumas semanas, antes mesmo do rompimento com a Adidas, o jornal AS publicou uma matéria na qual dizia que o sonho de Luis Rubiales era um acordo com a espanhola Inditex, que é dona das marcas Zara, Pull&Bear, Massimo Dutti, Bershka, Oysho, entre outras, fazendo um revezamento entre as marcas no espaço dedicado ao fornecedor de material esportivo. A iniciativa porém não foi vista com muito entusiasmo pela própria Inditex pois ela não estaria pronta para assumir um patrocínio esportivo de imediato, e também pelo fato de não acreditar que a FIFA aceitaria que este modelo de negócio fosse feito.
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