A importância da tecnologia nos uniformes de futebol » Mantos do Futebol
Mantos do Futebol » História » A importância da tecnologia nos uniformes de futebol

A importância da tecnologia nos uniformes de futebol

by Juliano Buzato
Por que seleções não podem expôr patrocinadores na camisa?
Compartilhe este link em suas redes sociais:

Quem é fã de futebol e tem um pouco mais de idade pode lembrar do quanto os uniformes eram diferentes há vários anos atrás. Na época, o material mais utilizado era o algodão e ninguém se importava muito se isso influenciava ou não no rendimento dos jogadores. A pesquisa para entender qual era o melhor tecido só começou muitos anos depois de o futebol conquistar um lugar cativo no coração dos brasileiros.

Do início da história do futebol para os dias de hoje, muita coisa aconteceu. Vimos discussões sobre a bola ideal, a chuteira mais confortável, chegando até ao melhor tecido para os uniformes. Há quem diga que para bom jogador o tecido pouco importa. Mas a prova de que faz diferença na atuação é a pesquisa constante para encontrar o melhor material. Na última Copa do Mundo, por exemplo, até o tecido da meia foi desenvolvido para melhor rendimento do time.

Como tudo começou

Aqui no Brasil, quando o futebol começou a se estabelecer como o esporte preferido da população, ganhando corpo e apoio de torcidas, o uniforme era feito 100% algodão. Esse material era utilizado desde 1914, e marcou presença no tecido da camisa da seleção brasileira na Copa do Uruguai.

O algodão pode até ser confortável, mas o maior problema é quando molhado. Se o jogo acontecesse em um dia de chuva, ou o que era mais comum, se o jogador ficasse encharcado de suor, a camisa acabava ganhando peso e prejudicando o rendimento.

Camisa de futebol no início do século passado

Entretanto, a camisa de algodão ficou muito tempo presente em nossa história, sendo (mais ou menos) substituída somente nos anos 80. Até lá, muitos jogadores tiveram que lidar com uma camisa mais pesada e desconfortável, dependendo da situação.

Poliéster entrou no jogo

Foi no ano de 1986 que a seleção brasileira utilizou pela primeira vez uma camiseta que mistura o algodão com o poliéster. A novidade agradou muitos jogadores, que notaram a diferença no rendimento já que a camisa não colava no corpo com tanta facilidade quanto antes.

Poucos anos depois, em 1990, o poliéster desbanca de vez o algodão e assume toda a composição dos tecidos. Por ser mais leve, quando molhado costumava secar com muita rapidez, dando mais liberdade de movimento aos jogadores, que relatavam mais conforto em suas jogadas.

Mas aí, veio um problema: a camisa de poliéster causava alergia nos jogadores. Isso porque o poliéster é um material muito próximo ao plástico, o que gerava desconforto no contato com a pele. De nada adiantava ter uma camisa mais leve, mas causar problemas para nossos jogadores.

A evolução até aqui

Como o poliéster teve os seus desafios, o jeito foi procurar outro material que pudesse servir melhor as necessidades de quem estava em campo. Assim, em 1990, chegam ao mercado as camisas conhecida como “dri-fit” que reúnem as melhores características: são leves, permitem a transpiração, evaporam com rapidez o suor e dão uma sensação mais agradável quando em contato com a pele.

Tanto é que, desde que surgiu como material oficial das camisas, o “dri-fit” segue firme e forte. Na Copa de 2002, quando fomos vencedores e a camisa da seleção se tornou icônica pelo seu design, essa tecnologia já era utilizada. Foi o tecido utilizado pela seleção na última Copa do Mundo, embora com uma novidade: um material “antiaderente”, para que não grudasse na pele dos jogadores quando eles suassem ou tomassem chuva.

A importância do uniforme

É claro que os maiores beneficiados, quando falamos sobre uniforme de futebol, são os jogadores. Afinal, são eles que estão no campo e precisam de flexibilidade, conforto e um tecido que realmente se adeque às suas necessidades. Porém, a camisa e a bermuda de um time vai muito além disso, ultrapassa as barreiras do estádio facilmente.

O uniforme é um importante símbolo para o torcedor. Está diretamente ligado ao efeito psicológico de fazer parte de um grupo, em que queremos ser reconhecidos por nossos gostos pessoais, como o time, por exemplo. Também é no uniforme que as torcidas se organizam em grandes grupos e prestam apoio ao time quando vão ao estádio acompanhar uma partida.

Além disso, a venda de uniformes é uma parte importante na economia do time. As vendas de camisetas, shorts, meias e outros itens movimenta o caixa de uma equipe e colabora para pagar as contas (que geralmente são altas). É por isso que os times fazem edições especiais ou comemorativas de camisas.

Outro item que representa a importância do uniforme é a semelhança desenvolvida para jogos de computador. Quanto mais fiel for a imagem do time, melhor para o jogador. Aliás, toda essa paixão pelo futebol e pelos clubes motiva as pessoas a praticarem esportes, jogar versões virtuais e até visitar as casas de apostas esportivas online, que trazem ainda mais emoção para o torcedor. Há ainda aqueles que viram sócio torcedores, criam torcidas organizadas, viajam quilômetros para assistirem as partidas… É algo realmente cativante!

Já é moda

torcida_uniforme

Mas além de tudo isso, a camisa de time de futebol deixou de ser um item para torcedor para virar um elemento da moda. Isso porque o mercado percebeu que, independente da passagem do tempo, as camisetas de futebol continuam sendo compradas e utilizadas. Na verdade, você nem precisa estar em um estádio para vestir o uniforme do seu time.

► Compre camisas de futebol na FutFanatics

Algumas marcas, por exemplo, começaram a lançar edições históricas e investir em marketing específico para essa área. Isso também mostra que as marcas estão cada vez mais atentas aos desejos do consumidor, e até mesmo dispostas a fazer parte da moda. Qual será o futuro dos uniformes, ein?

Compartilhe este link em suas redes sociais:

Este site usa cookies para garantir que você tenha uma melhor experiência. Aceito Leia Mais!