As parcerias entre clubes e marcas, principalmente de streetwear vêm crescendo a cada ano. Hoje, looks inspirados no esporte tornaram-se objeto de desejo de muitos, principalmente pela tendência criada há alguns anos por artistas e celebridades de nível mundial. Hoje, diversas marcas como Adidas, por exemplo, lançam coleções inteiras inspiradas em esportes ou clubes, agregando sua marca e, ao mesmo tempo, se beneficiando do valor agregado a marca do time. No entanto, essas parcerias nem sempre agradam e, por vezes, algumas colaborações podem não dar muito certo. A seguir, vamos falar sobre alguns motivos para isso acontecer, citando exemplos e contextos reais. Se você é um fã de moda, ou um entusiasta do esporte, fique conosco, pois este texto é para você!
Moda e esporte: dois segmentos e uma linha tênue entre o sucesso e o fracasso
Engana-se quem pensa que a moda e o esporte se encontram apenas em lançamentos e coleções. Ambos os segmentos possuem muito mais em comum. Por exemplo, na moda, um simples detalhe, um exagero ou um minimalismo fora de contexto, podem tornar uma peça, uma coleção ou um desfile, um verdadeiro fracasso – especialmente aos olhos da crítica especializada e, é claro, do consumidor final. No caso do esporte, algo muito parecido acontece: um simples lance pode custar caro, decepcionando toda uma torcida, impactando e resultados e, é claro, tornando algo que poderia ser muito positivo, em um grande fracasso.
E, quando estes dois mercados se encontram, os caminhos dificilmente acabam em aspectos medianos. Ou seja, ou o resultado será muito positivo ou muito negativo – e, na moda, não há empate. Para além das coleções esportivas com conteúdos específicos dos clubes, o estilo esportivo também vem sendo muito utilizado. Essa tendência começou há algum tempo, impulsionada principalmente por nomes como o da cantora Dua Lipa, que principalmente no início da carreira, se destacava pelo uso de roupas casuais e confortáveis – inclusive em suas apresentações – trazendo um tom de leveza e conforto da cabeça aos pés, mas principalmente nos tênis e calças de moletom.
Exemplos recentes do que não deu certo
Em 2024, o mundo parou para assistir as Olimpíadas de Paris. No mesmo ano, os comentários e as especulações em torno dos kits e uniformes dos comitês foram bastante intensos. No caso da Malásia, por exemplo, as críticas foram bastante negativas. Com isso, há menos de um mês da cerimônia de abertura das Olimpíadas, o país se viu obrigado a rever o uniforme de sua delegação em função de uma série de críticas na internet. A ideia original era de embarcar em uma temática baseada no “ouro” com listras de tigres e detalhes metálicos e dourados. Porém, o público considerou que aquelas vestimentas estavam demasiadamente simples, além de não representarem bem o país – principalmente por não conterem as cores da bandeira em nenhuma parte.
Outro exemplo foi a atualização das camisetas do Venezia FC, feita em parceria com a Nike Nocta. Ao mudar de fornecedor, o clube enxergou um montante de críticas acontecer: camisas mais caras, designs que não agradaram muitos fãs e, com isso, um consequente afastamento do público para com o clube.
Em ambos os casos, é possível perceber a importância de se entender e buscar conexões profundas com os torcedores. Normalmente muito ligados às cores, símbolos e a história visual que os clubes carregam, os torcedores dificilmente aceitam peças que pareçam de prateleiras de lojas “fast fashion” ou, ainda, modismos momentâneos e pontuais. A partir disso, torna-se ainda mais importante o cuidado com cada detalhe, pois um simples ponto divergente pode causar alguma ofensa sem que isso tenha sido intencional.
Conclusão: respeito as tradições é essencial
As torcidas se conectam verdadeiramente com os clubes, isso é um fato. Na américa latina, predominam os eventos esportivos e ampla transmissão dos jogos. Em países como o Brasil, é comum ocorrerem aglomerações de torcedores ao redor dos estádios em dias de jogo, com uma verdadeira festa fora das quatro linhas. Em África, premier bet angola fazem muito sucesso, aproximando ainda mais os torcedores dos seus clubes, principalmente a partir da análise de probabilidades e chances de vitória. Isso revela que toda e qualquer coleção, menção ou peça lançada em alusão ao esporte, demanda de muito aprofundamento. É preciso pesquisar, entender os fãs, respeitar elementos visuais e entender até onde vão os limites para a inovação. Mudanças ousadas podem atrair novos públicos, sim, mas elas precisam se apoiar nos principais elementos identitários para manter uma conexão real com o público.