Uma forte especulação tem agitado o mercado financeiro nos últimos dias, devido há uma possível fusão entre adidas e PUMA que vem sendo cogitada nos bastidores do mundo dos negócios. As marcas alemãs tiveram origem na mesma família, após uma briga entre Adi e Rudolph, os famosos irmãos Dassler. Hoje as empresas estão entre as maiores do mundo, no segmento de material esportivo, e ambas tem sua sede em Herzogenaurach, na Alemanha, sendo que até hoje, é alimentada uma rivalidade que “divide” a cidade.
PUMA passa por grave crise financeira
Nos últimos 12 meses, veio à tona que a PUMA vem passando por uma situação financeira muito delicada, tendo perdido metade do seu valor, e segundo relatório publicado pela Bloomberg, a família Pinault, que detém 29% das ações da empresa, está buscando ativamente um comprador para a sua fatia do negócio.
Em entrevista ao jornal alemão Handelsblatt, Roy Adams, cofundador da empresa de investimentos norte-americana Metronuclear, afirmou que a PUMA vive um “estado de emergência” e caso essa situação não seja prontamente revertida, a melhor opção seria uma fusão com a adidas.
Essa declaração caiu como uma bomba no mercado financeiro, que se animou com a possibilidade e o preço das ações da PUMA chegou a subir cerca de 18%.
Segundo Thomas Maul, analista do DZ Bank, o passado em comum das duas empresas, traz à primeira vista, um “certo charme” ao negócio, no entanto, ele não vê um futuro comum para as duas empresas, já que ele acredita que a Adidas não teria necessidade de abandonar seu foco no crescimento orgânico e assumir os riscos de canibalização e integração de uma marca adicional.
Tanto a adidas como a PUMA se negaram a comentar oficialmente sobre a especulação. Um representante das três listras afirmou inclusive que a empresa se abstém de comentar sobre especulações de mercado, por uma questão de princípio.
Desde julho, a PUMA tem um novo CEO, o ex-executivo da adidas Arthur Höld, que ainda analisa a situação e pretende até o fim do mês de outubro, divulgar novas estratégias para a marca nos próximos anos.
Vale lembrar, que o atual CEO da adidas é o norueguês Bjørn Gulden, que assumiu o cargo em 2023, após dez anos do comando da PUMA, tendo sido apontado por muitos, o responsável pelo retorno da marca do felino ao protagonismo mundial.
Outras fusões polêmicas no universo das fornecedoras
É difícil prever como seria uma fusão entre a adidas e PUMA, no entanto, não seria a primeira vez em que grandes marcas passariam a conviver na mesma operação.
A própria adidas já viveu uma fusão com a Reebok, quando a marca alemã adquiriu a empresa de origem inglesa em 2005. Sob controle das três listras, a Reebok praticamente perdeu sua relevância, tendo sido inclusive relegada à uma simples marca de fitness para evitar concorrência com produtos da adidas.
Em 2021, a adidas vendeu a marca para a Authentic Brands, que vem tentando resgatar o nome da Reebok no mercado, mas ainda bem longe de conseguir retomar a presença que a empresa tinha antes da fusão.
Nike e Umbro também passaram por fusão desastrosa
Em 2007, a Umbro foi adquirida pela Nike, em um negócio que enfraqueceu demais a relevância da tradicional marca inglesa no mercado do futebol.
A operação deu tão errado que em 2012, a Nike se desfez da empresa, vendendo para a Iconix Brand Group, que até hoje tenta resgatar a relevância da Umbro mundialmente.
A rápida fusão deixou como legado a mudança da Seleção da Inglaterra e do Manchester City da Umbro para a Nike, sem deixar nenhuma saudade, principalmente aos amantes de camisas de futebol.
Veja também:
[+] Adidas e PUMA: A origem com os irmãos Dassler
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