A transição de fornecedora de material não saiu como o Vasco esperava. A diretoria alega ter um acordo com a Penalty, com a qual manteve contrato até o último mês de junho, para receber mais 1.500 uniformes de jogo, de modo a não haver prejuízo até que a Umbro, nova parceira, entregue sua linha que está em fase final de confecção. Mas as peças não chegaram a São Januário, e o clube se movimenta para produzir uma camisa sem marca para até quatro partidas, até o dia 4 de outubro, contra o Bragantino, pela Série B. A roupa destinada aos treinos, sempre reutilizada, não corre risco de acabar.
Nesta data, a empresa inglesa fará sua estreia oficial. Está marcado um evento na sede náutica, na Lagoa, para o lançamento oficial, no dia 2. O valor das luvas referentes ao início dos três anos e meio de vínculo caíram nos cofres em agosto e ajudaram a pagar um mês de salário. No total, o Vasco embolsará pelo menos R$ 56 milhões. Grupos políticos que disputarão as eleições de 11 de novembro acenaram com uma revisão do contrato, pois, em reunião o Conselho Deliberativo de junho, o presidente Roberto Dinamite, que deixará o cargo em breve, se comprometeu a não assinar contratos longos para que a futura administração pudesse defini-los.
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Está descartada a hipótese de utilizar a marca VG, que foi criada na gestão de Eurico Miranda para tampar um intervalo sem fornecedor de material. Desta vez, o uniforme será bastante simples, com os mesmos patrocinadores, mas, agora, sem a Penalty na camisa. A antiga fornecedora vascaína até então seguia em todos os espaços destinados desde 2009 – como placas de publicidade e backdrops.
– Já começamos a criar a camisa sem marca. Eles combinaram, mas não entregaram isso para a gente. Quiseram reduzir nossa parte nos royalties nesse último momento também. A forma como eles estão saindo tem sido uma situação lamentável. Para suprir nesse período, estamos agindo assim – explicou o vice-presidente de marketing do clube, Victor Ferreira.
A relação com a empresa vem se desgastando há muito tempo e gerou troca de críticas em julho, quando a Penalty enviou uma carta endereçada a Dinamite reclamando dos responsáveis por conduzir as negociações para a renovação, que fracassou por causa dos valores mais baixos e da rejeição da torcida. Desta vez, a fornecedora não retornou os contatos por e-mail e telefone da reportagem do GloboEsporte.com para dar sua versão sobre o caso.
A Umbro não lançará a camisa especial número 3, que fica para 2015. Mas o vice de marketing adiantou que o uniforme até o fim da temporada será lançada uma outra camisa em homenagem aos 90 anos da Resposta Histórica, marco da luta contra o racismo no clube.
Via GloboEsporte