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Futebol inglês proibirá a publicidade das casas de apostas

by Juliano Buzato
Futebol inglês proibirá a publicidade das casas de apostas

Com efeitos sentidos já na próxima época, a primeira divisão do futebol inglês deixará de ter publicidade nas camisas esportivas, prevendo cair milhões em financiamento de patrocínios. A decisão tem dado que falar um pouco por todo o mundo, criando um desafio extra para os clubes ingleses encontrarem outras formas de estabilidade financeira.

Cerca de 115 milhões de euros é o valor estimado dos patrocínios dos equipamentos da Premier League. A medida surge após pressão social e ética acrescida relativamente ao mercado das casas de apostas e traz mudanças significativas no tipo de patrocínio autorizado a clubes e outras organizações esportivas.

Importa notar que, apesar da Premier League ser a liga futebolística que mais fatura em termos de receitas associadas às casas de apostas, como é o exemplo da Betfair, batendo um recorde de mais de 4 bilhões de euros na temporada de 2023 a 2024, a decisão é particularmente complexa para clubes mais pequenos que dependem desse financiamento para garantirem uma maior estabilidade a curto e longo prazo.

A importância da responsabilidade individual e coletiva nas casas de apostas

É verdade que o setor dos jogos de azar necessita de ampla legislação para ser confiável, principalmente porque implica transações financeiras que devem cumprir certos parâmetros e limites, tal como qualquer outro setor. Além disso, é necessário que haja consciência e ponderação no momento de apostar, tal como em qualquer outra compra digital, que requer responsabilidade, mais controlo financeiro e uma certa maturidade para o fazer de forma segura.

Mas é também um facto que, principalmente no Brasil, muitas casas de apostas necessitam de ter políticas de jogo responsável para conseguirem operar, têm que cumprir as regras de atribuição de prêmios e matemáticas básicas de jogo, possuir sistemas de encriptação de dados extra-seguros, de forma a proteger as informações privados dos seus usuários, e ainda possuir licenças de operação específicas. Existem ainda sites agregadores das casas de apostas mais confiáveis, como o https://www.oddsagora.com.br/, onde estão reunidas as oportunidades e deals mais vantajosos para os apostadores e onde são feitas análises minuciosas à credibilidade e confiabilidade dessas plataformas de jogo.

É apenas natural que, por ser um setor em elevado crescimento e ascensão recentes, necessite de ser regularizado devidamente de forma a proteger todos aqueles que podem vir a usufruir ou beneficiar dele. No entanto, é da responsabilidade tanto da casa de apostas como do apostador fazê-lo cumprindo todas as recomendações legais, como por exemplo optar por práticas de jogo responsável, saber quando parar e controlar as despesas ou custos, optar por opções fidedignas e aprovadas pelo Governo Brasileiro, entre outras.

As casas de apostas legalizadas e licenciadas no Brasil oferecem vastas opções de aposta, desde a simples até a combinada, apostas ao vivo e apostas com pagamento antecipado, numa panóplia de modalidades esportivas, desde o futebol até o basquete, do tênis até o atletismo, contemplando também centenas de ligas e divisões nacionais e internacionais. Convém entrar nesse mundo consciente de que requer controlo e inteligência emocional, para evitar cenários imprevistos.

Uma mudança no setor da publicidade associada aos esportes

Esse tipo de proibição à publicidade não é novo. Em Espanha, a remoção desse tipo de publicidade já tinha sido feita com o Real Decreto 958/2020, se estendendo inclusive além dos equipamentos. Qualquer formato de publicidade de casas de apostas foi proibido dentro do estádio, dando uma maior liberdade aos clubes de optarem por outro tipo de patrocínio que não promovesse o jogo de apostas direto.

Também em Itália estão a considerar a proibição dos patrocínios das apostas, abrindo caminho para um vazio financeiro de milhões de euros. Não podemos esquecer que estamos assistindo a uma cada vez maior pressão ética relativamente à estabilidade económica das pessoas, e muitas pessoas estão lutando por estarem presentes marcas com outro tipo de posicionamento.

É evidente que esta medida traz um desafio cada vez maior aos clubes ingleses, no sentido em que terão que encontrar outras formas de parcerias, de forma a conseguirem equilíbrio financeiro e protegerem a imagem da marca, mas não é algo impossível. Do setor automóvel às telecomunicações, dos jogos e entretenimento, da restauração à moda ao setor bancário, não faltam opções de grandes marcas dispostas a cobrir os valores acordados dos patrocínios.

Esta é sem dúvida uma decisão estratégica no sentido de antecipar possíveis alterações ou regulamentações governamentais face às casas de apostas, num momento em que apertam as regras e limitações neste tipo de setor.

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