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Quatro grandes meias canhotos do futebol brasileiro

by Juliano Buzato
Quatro grandes meias canhotos do futebol brasileiro

Ao longo da história, o futebol brasileiro já revelou inúmeros craques para o mundo – incluindo o maior de todos, o Rei Pelé. Mas os clássicos meias canhotos, com técnica apurada e excelente visão de jogo, também fazem parte da galeria de grandes jogadores do Brasil. Quem acompanha diariamente as notícias do futebol fica se perguntando: será que o país voltará a formar atletas com essas características?

Neste artigo, vamos relembrar quatro meias, de diferentes épocas, que encantaram torcedores do Brasil e do mundo. Todos tiveram uma carreira repleta de glórias e lances mágicos – e até hoje povoam o imaginário de torcedores de diferentes nações.

Rivelino

Roberto Rivellino usa camisa listrada em 1971

Para definir quem é Roberto Rivelino bastaria dizer que ele era o ídolo de ninguém menos do que Diego Maradona. Mas o craque brasileiro foi muito mais do que isso: foi uma figura central no futebol mundial durante a década de 1970

Aliás, naquele ano, no Mundial do México, foi titular na épica conquista do tricampeonato da seleção brasileira. Ele ainda disputaria outras duas Copas – 1974 e 1978 – envergando a mítica camisa 10, outrora utilizada por Pelé.

Durante sua carreira, também fez história no Corinthians e no Fluminense, tendo protagonizado lances incríveis. Aliás, diz-se que foi ele o inventor do “elástico”. Outra característica de Rivelino eram os potentes chutes de esquerda, que lhe renderam o apelido de “Patada Atômica”.

Rivaldo

Rivaldo Barcelona

Outro meia canhoto a fazer história e brilhar nos gramados foi Rivaldo. Titular nas Copas de 98 e 2002, ele sempre aparecia em jogos decisivos. Na conquista do pentacampeonato, foi a principal figura do time ao lado de Ronaldo.

Exímio finalizador e dono de uma visão de jogo apurada, Rivaldo brilhou no Palmeiras antes de iniciar sua jornada europeia. Com a camisa do Barcelona, encantou torcedores do mundo todo – até hoje sua atuação contra o Valencia, em 2001, é recordada com entusiasmo.

Naquele jogo, o Barça precisava vencer para garantir sua presença na Liga dos Campeões do ano seguinte. E a vitória por 3 a 2 veio graças a Rivaldo, autor de todos os gols da equipe catalã: o último deles foi de bicicleta, nos minutos finais.

Tostão

O craque Tostão fez a maior parte de sua carreira no Cruzeiro. Com a camisa celeste, venceu cinco Campeonatos Mineiros e um Campeonato Brasileiro, além de ter obtido outras conquistas.

Meia canhoto e de rara habilidade, ele também foi titular na conquista do tricampeonato mundial da seleção brasileira, em 1970. Seu estilo de jogo, com dribles curtos e precisos, fez com que Pelé o colocasse no mesmo nível de Maradona. Para o Rei, aliás, Tostão era ainda mais técnico do que o argentino.

Uma bolada no olho ocorrida em 1969 fez com que o craque sofresse um descolamento de retina, que o levou a encerrar a carreira precocemente, em 1973, com apenas 26 anos. Tostão formou-se em Medicina e atuou na área até 1990, quando tornou-se comentarista de futebol.

Alex

Sem dúvidas, Alex é um dos jogadores mais injustiçados do futebol brasileiro. Meia clássico, com passes cirúrgicos e uma batida diferenciada na bola, ele se tornou ídolo de Coritiba, Palmeiras e Cruzeiro.

Com a equipe paulista, venceu uma Copa Libertadores, em 1999 – ele tinha apenas 22 anos, mas já era o camisa 10 e um dos grandes protagonistas daquele time. Já pela Raposa, Alex só não fez chover em 2003, quando os mineiros venceram a Tríplice Coroa.

No exterior, brilhou na Turquia, com a camisa do Fenerbahçe. A idolatria por Alex é tão grande, que ele ganhou uma estátua no clube. Apesar de todos seus feitos e conquistas, nunca disputou uma Copa com a camisa da seleção.

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