O AEK Atenas estreou na fase de grupos da UEFA Champions League nesta quarta-feira (19) com derrota de 3×0 para o Ajax. Mas, além da goleada, o que chamou a atenção foi o “patrocinador” da equipe grega.
A equipe atuou com um grande selo da campanha contra racismo, promovida pela UEFA, estampada em cima do seu patrocinador máster, uma empresa de apostas.
O atual patrocinador máster da equipe é a Pame Stoixima, um site de apostas grego. Porém, como já vimos anteriormente, em uma matéria sobre a legislação deste tipo de empresa no Brasil e pelo mundo, este tipo de anúncio é proibido na Holanda, casa do adversário.
Isso não é novidade em competições da UEFA. Já tivemos episódios de equipes como Real Madrid, Milan, entre outros, atuando com camisas sem patrocinador, devido a proibição de anúncios desse tipo em alguns países, como Rússia e Turquia.
A novidade, no entanto, fica por conta dessa iniciativa da UEFA de “tampar” o patrocinador com uma campanha de sua autoria. O próprio AEK, na partida contra o Videoton, da Hungria, pelos play-offs da Champions, precisou tampar o patrocinador, na ocasião com uma campanha de conscientização ao abandono infantil na Grécia.
Artigo 55.07 da UEFA fala sobre o veto de patrocínios devido a legislação do país em que a partida ocorre.
Segundo o artigo 55, parágrafo 07 do regulamento da UEFA, que fala sobre os patrocinadores nas camisas, está previsto que os anúncios estão sujeitos à legislação do país onde será o jogo e, caso ocorra uma proibição, o clube pode requerer junto a UEFA a substituição deste patrocinador por alguma ação de caridade da entidade ou do país, desde que cumpra o regulamento. Isso tudo tem que ser feito dias dias antes da partida em questão.
É provável que vejamos mais alguns casos como esses, já que a proibição de anúncios de casa de apostas ocorre em diversos países.
O que achou do AEK atuar com patrocinador coberto em jogo da Champions League?