Lá em 2018, escrevemos uma matéria sobre algumas das camisas de times brasileiros consideradas azaradas pelos torcedores, para homenagear o Halloween. E eis que em 2023, uma equipe está passando por um momento turbulento e sua camisa já começou a ser considerada azarada.
Afinal, quer gente mais supersticiosa do que torcedor? As crenças vão desde utilizar sempre a mesma camisa nos jogos da sua equipe, ou assisti-los sempre na mesma posição, e por aí vai. Mas há também aqueles que escolhem uma certa camisa de seu time e a consideram culpada pelos fracassos do mesmo. E este é o tema deste compilado. Hoje trazemos nove camisas consideradas azaradas pelos torcedores brasileiros. Confira!
Foto de capa: Buda Mendes/Getty Images
Flamengo “Papagaio de Vintém”
Já virou verdade absoluta entre os rubro-negros que em toda temporada que o clube resolve lançar uma camisa inspirada no primeiro manto do time, chamado de “Papagaio de Vintém”, as coisas não acontecem da melhor forma.
O modelo original já era considerado “pé frio. Ele foi o primeiro uniforme do time de futebol, em 1912. Porém, por falta de vitórias, foi substituída por uma camisa “Cobra-Coral” no ano seguinte, tendo esta dado “sorte”, afinal, os rubro-negros ganharam os seus dois primeiros cariocas em 1914 e 1915. Somente em 1916 é que foi criada a camisa listrada tradicional.
Em 1995, ela retornou como uniforme três e em todas as nove vezes em que a camisa foi usada, nenhuma vitória.
Ela voltou novamente em 2012 mas não foi utilizada em jogos oficiais. Em 2015 foi lançada mais uma versão, como modelo third para a temporada e, desta vez, o Fla conseguiu vencer utilizando a mesma.
Porém, um caso curioso ocorreu. No Campeonato Carioca, o manto foi utilizado numa derrota para o Botafogo. No jogo seguinte, a equipe apostou novamente no manto, contra o Volta Redonda, e acabou derrotado no primeiro tempo por 1×0. Eis que o rubro-negro decidiu voltar para o segundo tempo com sua camisa tradicional, listrada e acabou virando e vencendo o jogo por 2×1. Apesar dos questionamentos, o treinador Vanderlei Luxemburgo afirmou que a troca não teve nada a ver com a superstição, mas sim com a preocupação em confusão com o uniforme do Voltaço, que também retornou com outro uniforme no segundo tempo.
Botafogo “Dois tons de cinza”
Em 2010, a Fila lançou para o Botafogo um uniforme cinza em dois tons. A camisa foi utilizada apenas uma vez, no Campeonato Carioca daquele ano, na fatídica derrota por 6×0 para o Vasco em pleno Engenhão. Foi o que bastou para a camisa nunca mais ser utilizada. Curiosamente, o Botafogo se sagrou campeão do mesmo Carioca, utilizando a camisa alvinegra tradicional.
Palmeiras “2002”
A camisa foi utilizada pelo clube na Copa do Brasil daquele ano e acabou entrando na lista negra da torcida após a eliminação para o ASA de Arapiraca.
Cruzeiro “Topper 1998-1999”
A Raposa jogou a maior parte da temporada 1998 utilizando materiais da Rhummel e até teve um início promissor, com o titulo mineiro. Porém, na reta final, a equipe passou a utilizar materiais da Topper e acabou amargando os vice-campeonatos da Copa do Brasil e da Mercosul para o Palmeiras e do Brasileiro para o Corinthians. No outro ano, com a mesma camisa, não conseguiu ganhar o Mineiro e ainda foi eliminado pelo Atlético no Brasileirão.
Grêmio “Negresco”
Chama de “Negresco” pela torcida, a camisa lançada como modelo third em 1996 é mais uma a ter caído “em desgraça” com a torcida após algumas derrotas doidas.
Na Supercopa da CONMEBOL, estreia do manto, o tricolor vencia o Vélez Sarsfield por 3×1, mas acabou sofrendo o empate. Posteriormente foi eliminado. Logo após esse jogo, o Gremio foi derrotado pelo Botafogo e pelo Sport com essa camisa.
Corinthians “Mercosul”
A “Corinthians Third” foi sem dúvida uma das “terceiras” camisas mais raras do Corinthians. A camisa foi usada uma única vez, na Copa Mercosul de 1999, na derrota para o Independiente da Argentina, por 2×1 em São Paulo. Tinha detalhes em cinza nas mangas e ficou marcada como uma camisa azarada.
Brasil “Camisa branca”
Talvez a precursora das camisas azaradas no futebol brasileiro. Após a derrota para o Uruguai na Copa do Mundo de 1950, no episódio batizado de “Maracanazzo”, a camisa branca foi considerada azarada e abolida, sendo substituída pela tradicional canarinho em 1954.
A cor foi novamente usada em 2019, quando a Nike lançou uma peça especial para a disputa da Copa América, como forma de homenagear o centenário do primeiro título da seleção, e foi utilizada numa única partida, com vitória do Brasil sobre a Bolívia por 3 a 0.
Brasil “Camisa do 7×1”
O dia era 8 de julho de 2014, e os olhos do mundo inteiro se voltaram ao Mineirão, para aquele que seria um dos jogos mais emblemáticos da história do futebol brasileiro e por que não mundial? A seleção treinada por Felipão chegava à semifinal da Copa do Mundo e enfrentaria o grande bicho papão do momento, a temida seleção da Alemanha. E nem é fácil relembrar, pois aconteceu o pior, ou melhor, aquilo que nem o mais pessimista torcedor brasileiro esperaria, um inacreditável 7×1.
Hoje, passado diversos anos do acontecido, todo mundo ainda se recorda onde estava naquele fatídico dia, bem como, sempre que a camisa amarela com gola Y verde aparece, todos pensam a mesma coisa: “Olha lá a camisa do 7×1”, simplesmente a exemplificação do azar.
Flamengo titular 2023
A camisa titular do Flamengo 2023, produzida pela Adidas, entrou na lista após uma sequência terrível neste começo de ano. Na estreia dela, o time foi derrotado pelo Palmeiras na Supercopa do Brasil. Depois, no Mundial de Clubes, principal competição da temporada, o Mengão foi derrotado pelo Al Hilal na semifinal. Na disputa de terceiro lugar, o time venceu o Al Ahl,y, mas vestiu o uniforme reserva branco. Por fim, o Fla foi derrotado pelo Independiente Del Valle-EQU na Recopa Sul-Americana, amargando mais um vice.
O que acha da superstição no futebol? Acha que essas camisas são realmente “azaradas”? Compartilhe!