O ano era 2007. O mundo futebolístico recebeu a notícia de que a Umbro havia sido adquirida pela Nike Football por US$ 580 milhões e assim passava a se perguntar qual seria o destino de ambas.
O negócio, à época, parecia promissor e uma tentativa da marca americana de aumentar sua participação no mercado do futebol, como um contragolpe à sua rival, Adidas.
Contragolpe pois, dois anos antes, as três listras adquiriram a Reebok, como uma estratégia para adentrar de vez no mercado dos Estados Unidos, o que deu certo, já que a empresa alemã conseguiu as exclusividades dos uniformes da MLS e da NBA na época (em 2020 somente a MLS ,já que a NBA fechou com a Nike).
Com a compra da double diamond, a Nike queria expandir seu mercado no futebol, que tinha os alemães como líderes mundiais. “A Umbro é uma marca com uma poderosa herança e uma profunda experiência no esporte mais popular do mundo”, disse o presidente da Nike naquela época, Mark Parker.
Segundo o UOL, o tiro foi certeiro num primeiro momento, já que a empresa americana assumiu a liderança por um tempo, pelo menos até a Copa do Mundo de 2010, quando realizaram a apresentação das camisas juntas. No entanto, o fenômeno Jabulani e as camisas Techfit devolveram o primeiro lugar à Adidas logo após o mundial da África do Sul.
As polêmicas entre Umbro e Nike começaram depois disso. A empresa norte-americana começou a ter prejuízo com a marca inglesa, que junto da Cole Haan, geraram cerca de US$ 43 milhões de déficit em 2012 ao grupo. Por isso, a Swoosh decidiu priorizar marcas como Air Jordan, Hurley e Converse e colocou as duas à venda em maio do mesmo ano.
No mês de outubro, finalmente a empresa inglesa foi vendida para a Iconix Group, dona de 27 marcas de roupas e acessórios como Ed Hardy e Material Girl – marca criada por Madonna e sua filha, Lourdes Maria – por US$ 225 milhões.
Mas, antes da venda, a Nike fez questão de “tirar” os principais patrocinados da Umbro, dentre eles o Manchester City, que acabara de ser campeão inglês, e a Seleção Inglesa, parceira da double diamond por mais de 50 anos e principal equipe patrocinada, um verdadeiro golpe na empresa. O Everton, que havia deixado a Umbro pela Le Coq, acabou vestindo Nike também nessa época. Aqui no Brasil, o Santos trocou a double diamond pelo Swoosh em 2012, mas com um formato de negócio diferente, que envolvia também a Netshoes. Falava-se muito que a Suécia e a Irlanda “virariam a casaca” também, mas acabaram fechando com a Adidas e a New Balance, respectivamente.
Muitos comentaristas acabaram por decretar o final da Umbro, dizendo que a mesma não se levantaria e viveria apenas do charme e da nostalgia. Como felizmente o mundo dá voltas, vemos que, apesar do golpe duro, a Umbro soube se reerguer e hoje está bem, com grandes equipes pelo mundo, como Burnley, West Ham, Werder Bremen, Schalke 04, CSKA, Al Ahly, Colo-Colo, Nacional-URU, Independiente Santa Fé, Newell’s Old Boys, entre outros. No Brasil, a marca é representada pelo Grupo Dass e patrocina diversas equipes, como o Athletico Paranaense, parceria mais longeva do país, Avaí, Chapecoense, Cuiabá, Grêmio, Santos, Sport Recife e, em breve, o Fluminense.
Uma história de volta por cima que, temos certeza, deixa todo apaixonado por futebol, e, principalmente por camisas, muito feliz.
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