Como temos visto por aqui nos últimos dias, vários lançamentos de camisas estão sendo adiados devido a pandemia do Covid-19, e mesmo as principais marcas e equipes do mundo não estão alheios a isso.
A Nike decidiu adiar o lançamento dos kits de seleções nacionais da Europa, principalmente as que estão na Eurocopa, também remarcada, agora com previsão de início em 2021, que, com certeza teriam um tratamento especial. Apesar de não especificado, o mesmo deve acontecer com as seleções de outros continentes – o que engloba o Brasil – que ainda não tiveram seus uniformes revelados oficialmente.
Apesar da maioria das fábricas estarem localizadas na China, primeiro epicentro da doença no mundo, pesa o fato de que lançar camisas agora poderia gerar um grande prejuízo, afinal, as vendas teriam que ser 100% pela internet, já que atualmente o comércio está fechado e temos a não circulação de pessoas em quase todo o globo. Além disso, o futebol está paralisado, o que diminuiria o interesse do público nos novos produtos.
A previsão inicial era de que a Nike faria a apresentação oficial dos novos mantos na última semana, onde seriam reveladas as camisas do Brasil, França, Inglaterra, Croácia, Portugal e Holanda, entre outras seleções da marca.
De acordo com um fornecedor explicou para o site Sport Business, a Nike teria avançado bastante no processo de fabricação e distribuição, devido à necessidade de transportar seus produtos de fábricas nos mercados asiáticos, como China e Paquistão. “Na maioria dos casos, as mercadorias já estarão prontas para o envio, permitindo que elas tenham tempo para levar a remessa e começar a distribuição. Imagino que a Nike, dado o número de países que possui e o alto nível de varejo envolvido, já tenha as camisas em seu centro de distribuição europeu na Bélgica”.
E os contratos?
Alguns contratos entre fornecedoras e equipes que se qualificaram para a Euro 2020 devem terminar após a data previamente agendada para o torneio, isso é, em julho deste ano. Isso significa que, para 2021, algumas podem ter novos contratos com outras fornecedoras e até mesmo a Nike pode aparecer com mais alguma patrocinada. Um desses casos é a Islândia, que já tem tudo acertado com a PUMA, que substituirá a Erreà.
Andy Korman, consultor sênior de patrocínio da The Sports Consultancy e parceiro em seu serviço jurídico, TSC Legal, disse que os contratos serão diferentes, com datas exatas de parada, como 31 de julho de 2020, enquanto outros podem estipular o final do contrato uma semana após o Campeonato Europeu, o que protegeria o fornecedor do kit.
Ele está aconselhando seus clientes a examinar seus contratos quanto ao exposto acima, bem como as cláusulas de força maior, e a estarem prontos para fazer “compromissos comerciais realistas”. Isso pode incluir taxas reduzidas para o ano extra, termos de renovação aprimorados ou uso mais generoso dos ativos dos jogadores durante o período.
Mudanças no principal patrocinador de camisas de um clube no final desta temporada também podem complicar as coisas. Alex Kelham, sócio do escritório de advocacia Lewis Silkin, disse ao SportBusiness que seria sensato se os acordos pudessem ser estendidos até que a atual temporada seja finalizada, desta forma, o início dos novos negócios também teriam que ser adiados.
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