No último sábado (06), Rory Finneran, de 15 anos, tornou-se o jogador mais jovem a vestir a camisa do Blackburn em um jogo da FA Cup, no duelo contra o Cambridge United, mas, ele chamou a atenção por outro motivo.
Isso, porque o jogador atuou com uma camisa sem patrocinador, enquanto os outros atletas estavam com seus mantos completos.
Foto: Divulgação/Blackburn
Acontece que o atual patrocinador máster do Blackburn é a empresa britânica Totally Wicked, que vende vaporizadores, conhecidos por aqui como “vapes“, produtos proibidos para menores de 18 anos no Reino Unido. Portanto, Finneran vestiu uma camisa sem a marca, para não fazer propaganda, sendo menor.
A proibição da publicidade dirigida a grupos vulneráveis, incluindo menores, tornou-se uma prática regular nos últimos anos em toda a Europa. Por exemplo, no Royal Antwerp, o jogador George Ilenikhena e outros sub-18 usaram camisas com a frase “Antuérpia Primeiro” durante toda a temporada, em vez do patrocinador de apostas betFirst. No Brasil, onde os sites de apostas dominam os patrocínios, os times de base retiram as marcas, mas, quando um menor atua pelo time profissional, usa a camisa normalmente.
Num primeiro momento, a decisão do Blackburn parece ser correta, uma vez que mostra a preocupação do time com a exposição do jovem atleta. No entanto, a discussão que tem sido feita nas redes sociais é sobre permitir patrocinadores proibidos para menores, isso, porque, menores assistem os jogos e acabam sendo expostos às marcas, seja nas camisas ou nas placas de publicidade.
Recentemente, o governo inglês afirmou que iria rever as leis sobre as casas de apostas, proibindo a publicidade das mesmas. Dessa forma, boa parte dos times do país ficaria sem patrocinador máster. No entanto, nada foi dito sobre empresas que vendem bebidas alcoólicas e outros produtos como vaporizadores ou até mesmo conteúdo erótico. Então ainda há muito o que se discutir.
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