Um conselheiro do Atlético-MG fez, recentemente, uma proposta ao Conselho Deliberativo do clube para troca do nome oficial e do escudo da agremiação, segundo o diário Superesportes.
Trata-se do economista e deputado federal Virgílio Guimarães (PT), que escreveu uma carta defendendo sua ideia, ressaltando que há muitos “Atléticos” no Brasil. O filho dele, Gabriel, é diretor de patrimônio do clube.
O conselheiro propôs que o nome oficial do alvinegro de Belo Horizonte mudasse de “Clube Atlético Mineiro” para “Clube Atlético Mineiro Galo Forte”, uma alusão à frase do hino “Galo forte vingador”. Vale lembrar que não seria a primeira mudança no nome, uma vez que o time foi fundado como “Athlético Mineiro Football Club”.
A proposta de Guimarães para o escudo, é a mudança do “CAM” no símbolo para “GALO”. Não foram detalhados outras mudanças no formato do mesmo.
O presidente do clube, Sérgio Coelho, informou não estar sabendo da proposta.”Esse assunto é novo, acho que chegou hoje, salvo engano. E é um assunto muito sensível. Eu não me sinto confortável em emitir nenhum tipo de opinião neste momento como presidente do Atlético por essas razões, por ser um assunto muito sensível, que nos chegou agora. Deixo claro que essa decisão não é do presidente ou da diretoria executiva, mas é uma decisão que é tomada pelo conselho deliberativo. Se essa sugestão do conselheiro Virgílio Guimarães chegar ao conselho, lá será o fórum ideal para que a gente debata e tome a melhor decisão para o Clube Atlético Mineiro”.
Confira a carta de Virgílio Guimarães:
“Carlos colegas conselheiros,
A propósito do aniversário do nosso clube escrevi um artigo, uma espécie de crônica, sobre um assunto que há muito me atrai e me preocupa: a modernização e competitivamente no mundo atual do futebol e o marketing a isso relacionado. Pensei em publicar, mas depois percebi que deveria, em primeiro lugar, me dirigir a meus colegas conselheiros, o que faço neste momento enviando-lhes o que seria a publicação. Aguardo críticas e sugestões. Abraço Virgílio Guimarães
GALO QUE TE QUERO GALO
Hoje, 25 de março, é Dia do Galo. Dia do Galo Forte, Galo Doido, Galo Carijó, Galo Vingador ou Galão da Massa, como preferir. Ou até do Galôô, nome de guerra e grito do coração. Nesta data, em 1908, era fundado o Athlético Mineiro Football Club, depois rebatizado Club Athlético Mineiro, ganhando mais tarde a forma atual do CAM, Clube Atlético Mineiro. Parabéns a todos nós atleticanos pelos 113 anos de muitas glórias e alegrias. Parabéns, até pelos momentos duros e cruéis: ao final se revelaram bons, a fidelidade alvinegra fez a superação, construiu a transformação, restando maior e mais forte a felicidade.
Honramos nossa tradição, mas aprendemos que esta só resulta em novas conquistas e glórias se estiver de mãos dadas com a inovação e a contemporaneidade. Assim, nossa tradição é a de sempre evoluir. Alteramos nosso nome três vezes e nosso escudo nove. Tivemos a rara ousadia de trocar nosso próprio hino, deixamos para trás o antigo, de quase meio século, solene, laudatório e distante da massa para adotarmos um novo, o atual, vibrante e motivador do time e da torcida, nosso clarim nas lutas e nas vitórias. Aqui fica claro, que a coragem de mudar, de acreditar no novo e no melhor, foi o que nos garantiu o melhor e mais cantado hino esportivo do mundo! Fomos modernos ao dispensar nosso velho campo, ” o da colina de Lourdes”, e pioneiros para, sem remorsos, em seu espaço construir moderno e lucrativo “shopping center”. Esse mesmo que depois, por conta de fina intuição e senso de futuro de lideranças idealistas, fez possível, com a alienação apenas de sua metade, alavancar recursos para chegarmos à Arena MRV, nossa futura redenção. Foi também por intuição inovadora, que a massa atleticana, por ela mesma, abraçou personagem criado por Mangabeira do Estado de Minas, tomou para si e o erigiu em mascote definitivo e símbolo avassalador do nosso time, o Galo. Fez desse nome o brado uníssono das arquibancadas que une, com inexplicável magnetismo, em um só ser indivisível, o time e a torcida. Daí advém a garra, a guerra, o gol. “Eu crédito”, sim, pois “aqui é Galo”. Nossas torcidas organizadas, todas, ostentam a palavra galo, caso nacional único de unidade interna. “E só dá Galo”, até em nossa tarefa de fazer o bem aos outros, às comunidades e ao meio ambiente, orgulhosamente apresentamos o Instituto Galo!
Agora, o olhar prá frente. “No aniversário, o presente, também é Galo prá gente!” Explico: o esporte entrou definitivamente na era do profissionalismo amplo, da competição global e do marketing, onde a fragilidade de nossa marca é patente. Atlético é palavra diluída. São tantos os Atléticos, em tantos lugares, que o adjetivo (atlético) que se pretendeu tornar substantivo próprio (nome), resvalou para substantivo comum (ou quase nada). Cada um só se identifica por uma partícula diferenciadora qualquer. Mineiro, que é o nosso caso, também um adjetivo de localização (no exterior, passa até ideia de time de companhia de mineração), está suficientemente visto, não dá conta do recado. O cúmulo: fomos campeões das Américas e pouco restou de nós no imaginário desportivo no mundo. Dá prá repetir o “apagão” mercadológico na Libertadores que está chegando? Chega! Chegou a hora. Marca é patrimônio, temos uma de valor imensurável, consolidada, ao alcance das mãos, como ninguém possui: o nosso apelido/nome, a nossa verdadeira marca, o GALO. Urge acrescentá-lo ao nome, oficializar, usar e “abusar”. A ninguém se outorga desprezar sua melhor porção. Pois que sejamos, a partir de emenda estatutária e aprovação legal, oficialmente denominados Clube Atlético Mineiro Galo Forte, é a proposta, o nome completo, tal como já no hino. E Galo, assim curto e grosso, no marketing como na vida. Atleticanos continuaremos, assim chamados para sempre, com o GALO em nosso escudo, sendo nossa poderosa marca. Galo no placar dos estádios, nas manchetes dos jornais, nas chamadas e narrações da TV, nas conversas e em tudo, no Brasil e no mundo. De maneira fácil e forte, sempre Galo, como no povão!”
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