A Adidas lançou camisas para suas seleções para a Copa do Mundo, com inspiração em modelos utilizados no passado. Entre elas, está o modelo lançado para a Alemanha, que irá para sua 17ª Copa do Mundo seguida, a 19ª em sua história.
O manto para 2018 é inspirado naquele utilizado pelos alemães na Copa do Mundo de 1990, uma camisa bem marcante na história da seleção que iremos recordar agora!
Alemanha na Copa do Mundo 1990
Como dissemos ontem no especial sobre a camisa da Colômbia, a Copa do Mundo de 1990 era composta por 24 seleções, divididas em seis grupos de quatro equipes. Se classificavam as duas melhores de cada um e mais quatro melhores terceiras. A Alemanha chegava como uma das principais seleções à Itália, liderada por Lothar Matthäus, Jurgen Klinsmann e Andreas Brehme, craques da Internazionale de Milão, campeã da Copa da UEFA no ano seguinte.
Os alemães caíram no Grupo D, com Colômbia, Iugoslávia e Emirados Árabes Unidos, um grupo considerado tranquilo para a seleção. A expectativa se confirmou nas duas primeiras partidas, com duas goleadas: 4×1 sobre a Iugoslávia (Mathäus (2), Klinsmann e Völler) e 5×1 sobre EAU (Völler (2), Klinsmann, Mathhäus e Bein).
A terceira partida contra os colombianos foi a mais complicada na fase de grupos, com um futebol muito pegado e equilibrado. Littbarski abriu o placar aos 89 minutos, praticamente dando a vitória aos alemães, mas Rincón, no lance seguinte, empatou, final 1×1.
Nas oitavas, o primeiro grande desafio da Alemanha naquela Copa: a Holanda, então campeã europeia, de Gullit, Van Basten e Rijkaard. Como esperado, um jogo muito pegado e equilibrado, com o primeiro gol saindo somente aos 06 minutos do segundo tempo, marcado por Jurgen Klinsmann. A Alemanha aumentou aos 37, com Brehme e Koeman, batendo pênalti, diminuiu aos 44.
O jogo das quartas, contra a Tchecoslováquia, foi novamente muito equilibrado e difícil para os alemães, e só foi decidido com gol de pênalti, marcado por Matthäus.
Na semi-final, o adversário seria a Inglaterra de Gary Lineker e Paul Gascoigne. Mais uma vez, o jogo teve grandes emoções e só teve o placar aberto aos 15 minutos do segundo tempo, com Brehme, para os alemães. O artilheiro Lineker empatou 20 minutos depois, levando a partida para a prorrogação e posteriormente aos pênaltis. Na disputa, Bodo Illgner defendeu a cobrança de Stuart Pearce, enquanto Chris Waddle bateu para fora, eliminando os ingleses.
A grande final seria uma revanche contra os argentinos, algozes dos alemães em 86, e também a oportunidade de acabar com um jejum de 26 anos sem título, após dois vices em sequência. O grande problema era Diego Maradona, astro maior dos hermanos e maior jogador do mundo naquele momento.
Mais uma vez, o jogo foi marcado por muito equilíbrio e dificuldade de ambas as equipes em furar o bloqueio adversário, até que aos 40 minutos do segundo tempo, quando o árbitro marcou pênalti para os alemães. Era Andreas Brehme contra Goycochea, que até ali já havia defendido algumas cobranças e era um dos grandes responsáveis pela campanha argentina. O especialista Brehme bateu bem, forte e marcou o último gol daquela Copa e dando à Alemanha o sonhado tri-campeonato.
A camisa da Alemanha 1990
A camisa da Alemanha de 1990 talvez seja aquela, sem ser do Brasil, que mais é lembrada quando se trata em camisas de futebol no mundo. É um manto com design único, produzido pela Adidas e que já teve diversas versões relançadas, se tornando inclusive ícone da cultura pop futebolística e peça obrigatória em qualquer coleção de respeito.
Ela tinha a tradicionalíssima cor branca como predominante e possuía como principal destaque a bandeira do país estilizada em faixas que ligavam as duas mangas, passando pelo corpo. As três listras da marca ficavam nos ombros, na cor preta, enquanto a gola era redonda e totalmente branca.
A Adidas estampava uma versão preta de sua logomarca no lado direito do peito, acima de uma das divisórias das faixas, enquanto o escudo da Federação Alemã era colocado no lado esquerdo, em sua versão padrão da época.
Completavam o uniforme, calção preto e meiões brancos.
A camisa da Alemanha 2018
O manto para a Copa de 2018 traz a cor branca como predominante e tem como principal destaque o mesmo detalhe formado por faixas na região do peito, desta vez sem passar pelas mangas e formado por linhas horizontais pretas com larguras diferentes. O design agora foi colocado mais acima no uniforme e menos curvado em relação ao de 27 anos atrás.
As três listras da marca são novamente colocadas nos ombros na cor preta, assim como a gola é novamente branca, mas agora tem um design com sobreposição.
A Adidas estampa uma versão preta de sua logomarca no lado direito do peito, enquanto o escudo da Federação Alemã é colocado no lado esquerdo, em sua versão padrão.
Completam o uniforme, calção preto e meiões brancos.
O craque: Lothar Matthäus
Lothar Matthäus era o grande craque e capitão daquela seleção alemã. O camisa 10, que já havia se destacado por Borussia Monchengladbach e Bayern de Munique, estava no final de sua segunda temporada na Internazionale, onde já era chamado de “Rei de Milão”. Pela Inter, foram 115 jogos e 40 gols, conquistando a Serie A e a Supercopa em 1989 e a Copa da UEFA em 1991, ano em que foi eleito o melhor jogador do mundo, antes de retornar para “sua casa” Bayern de Munique, time do qual é um dos maiores ídolos.
Em duas passagens pelos bávaros, que somam 13 anos, foram 302 jogos e 85 gols, tendo conquistado sete Bundesligas (1985, 1986, 1987, 1994, 1997, 1999 e 2000), três Copas da Alemanha (1986, 1998 e 2000) e a Copa da UEFA de 1996.
Depois de sair do Bayern, foi para o futebol dos Estados Unidos, onde jogou por uma temporada no New York Metrostars, já aos 39 anos. Foram 16 jogos, nenhum gol e o final de sua carreira.
Pela Seleção Alemã, Matthäus quebrou alguns recordes. É o jogador com mais participações com a camisa germânica em todos os tempos, tendo atuado de 1980 a 2000, em 150 jogos.
É o jogador com maior número de Copas do Mundo disputadas ao lado de Carbajal (México) e Buffon (Itália), com cinco, e é também o jogador com mais jogos em Copa, com 25 partidas disputadas entre 1982 e 1998.
Matthäus também participou das Eurocopas de 1980, quando foi campeão, 1984, 1988 e 2000, tendo ficado de fora em 1992 e 1996 por estar machucado.
Matthäus foi eleito o melhor jogador do mundo pela FIFA em 1991 e pela World Soccer em 1990, quando também conquistou a Bola de Ouro da France Football. Foi jogador alemão do ano em 1990 e 1999 e faz parte do FIFA 100, lista com os 125 melhores jogadores até 2004, ano do centenário da entidade.
► Compre camisa da Alemanha na Fut Fanatics
Se lembrava da campanha da Alemanha em 1990? Acha que vale a inspiração para a Copa de 2018?